Uso de inteligência artificial aprimora processos internos no Tribunal de Contas da União
O TCU se tornou um dos primeiros órgãos no Brasil a oferecer tecnologia de IA generativa conectada a vários sistemas internos, para uso por todos os servidores e colaboradores.
No último ano, o Tribunal de Contas da União (TCU) realizou avanços significativos em iniciativas de inteligência artificial (IA) e se tornou um dos primeiros órgãos no Brasil a oferecer tecnologia de IA generativa conectada a vários sistemas internos, para uso por todos os servidores e colaboradores.
O conceito se refere a sistemas que têm a capacidade de criar informações, em vez de apenas analisar ou reproduzir dados existentes.
O uso da tecnologia “está revolucionando as práticas internas e fortalecendo a atuação no controle externo”, conforme se lê em nota de imprensa.
O presidente do Tribunal, ministro Bruno Dantas, ressalta que o investimento em tecnologia da informação (TI) é prioridade para a Corte de Contas: “Ao longo dos anos, temos investido consistentemente em TI. Para além de aportes financeiros, o TCU tem equipes altamente qualificadas alocadas nessa área, que exploram novas tecnologias e abordagens, como a inteligência artificial e a análise de dados. Posso dizer que a inovação é um compromisso de todo o Tribunal.”
O destaque é a implementação do ChatTCU, assistente virtual desenvolvido com a solução Microsoft Azure OpenAI Service.
Com foco no uso interno, o sistema atualmente vem sendo utilizado por mais de 1.400 usuários.
O chat apoia diversas tarefas, como análise de documentos, pesquisa jurídica, tradução e consultas administrativas, por exemplo.
Em sua terceira versão, o ChatTCU está integrado a alguns sistemas do TCU, utilizando dados, jurisprudência e conhecimento dos sistemas administrativos da Casa.
Com isso, a plataforma de IA generativa exclusiva para uso interno no TCU permite conectar o conhecimento institucional ao melhor motor de IA do mercado, permitindo apoiar tarefas complexas sob controle dos servidores.
“Com a integração da ferramenta a sistemas do TCU, um auditor pode tanto consultar o nosso sistema administrativo quanto ter insights para determinada fiscalização. É possível, por exemplo, extrair dados e informações sobre o assunto, a fim de planejar o trabalho”, explica o secretário de Tecnologia da Informação e Evolução Digital do Tribunal, Rainério Rodrigues.
O modelo do ChatTCU foi desenvolvido a partir da criação de Grupo de Trabalho multidisciplinar e intensos debates.
Com base no processamento de linguagem natural, o ChatTCU opera na nuvem da Microsoft, sob contrato que garante segurança e confidencialidade, em que as informações são mantidas sob o domínio do TCU e passam por camadas de proteção e privacidade.
Outro ponto importante para o aprimoramento do uso de IA generativa no TCU foi a realização de um chamamento público inédito para receber projetos de Pesquisa e Desenvolvimento por meio de Encomenda Tecnológica (Etec).
Na ocasião, foi escolhida a proposta do consórcio NeuralMind & Terranova, que tem trabalhado no desenvolvimento de módulo que agregue funcionalidades baseadas em inteligência artificial à Solução de Instrução Assistida de processos do TCU.