Sistema GeoRisk faz monitoramento e previsão de deslizamentos de terra

Novo sistema usa metodologia avançada que combina dados de modelos meteorológicos, informações ambientais e históricos de desastres.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) lançou, em São José dos Campos (SP), o GeoRisk, um novo sistema desenvolvido pelo Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa do MCTI.

O sistema tem como objetivo aprimorar a capacidade de previsão e monitoramento de deslizamentos de terra, oferecendo alertas “com até 72 horas de antecedência”, o que representa “um avanço significativo em relação às previsões anteriores, que eram feitas com 24 horas de antecedência”.

“Lançar este novo sistema, que aprimora a qualidade das previsões de risco de deslizamentos, nos coloca na vanguarda da antecipação de riscos. Trata-se de uma ferramenta inovadora, com o potencial de salvar vidas e evitar perdas materiais”, afirmou a ministra do MCTI, Luciana Santos.

O GeoRisk é capaz de gerar previsões mais precisas e antecipadas sobre riscos de deslizamentos de terra, utilizando modelos numéricos de previsão meteorológica, dados históricos de chuva e limiares críticos de precipitação previamente definidos. Isso garante análises robustas e confiáveis, oferecendo suporte mais eficiente às autoridades na elaboração de alertas para a população.

Entre os resultados do novo sistema, destaca-se um aumento de 13% na taxa de detecção de ocorrências de deslizamentos e de 15% na taxa de acerto das análises de risco, quando comparado com os métodos tradicionais.

Esses índices melhorados refletem a maior precisão e efetividade do GeoRisk na identificação de riscos e na elaboração de alertas mais confiáveis.

Osvaldo Moraes, secretário substituto de Políticas e Programas Estratégicos do MCTI, enfatizou a importância do Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais: “O Cemaden tem a missão de entregar produtos diariamente à sociedade brasileira tornando a ciência algo concreto e acessível com resultados perceptíveis no dia a dia.”

Para ele, “o Centro possui um dos bens mais preciosos que a ciência pode oferecer, os recursos humanos. É por meio do conhecimento e da dedicação dessas pessoas que se desenvolvem soluções para salvar vidas”, disse.

O GeoRisk utiliza uma metodologia avançada que combina dados de diferentes modelos meteorológicos, informações ambientais e históricos de desastres. Ele classifica os riscos em cinco níveis (muito baixo, baixo, moderado, alto e muito alto) e apresenta os resultados de forma clara e objetiva, facilitando a tomada de decisões pelas autoridades competentes.

O sistema foi aprimorado ao longo de três verões consecutivos, por meio de testes estatísticos e calibração com aprendizado de máquina (machine learning), aumentando a sua precisão.

Com sua abrangência nacional, o GeoRisk será fundamental para melhorar a segurança das comunidades em todo o Brasil, oferecendo uma previsão de risco de deslizamentos para todas as regiões do país.