Proposta brasileira sobre segurança cibernética é aprovada pelo UIT
Com a decisão adotada, os Estados membros passarão a ter informações mais abrangentes das capacidades que devem ser desenvolvidas e das medidas que precisam ser implementadas.
Na quarta reunião plenária da sessão anual do Conselho da União Internacional de Telecomunicações (UIT) foi aprovada por consenso, entre os 48 países do órgão, a proposta brasileira sobre segurança cibernética.
A apresentação da proposta e sua negociação nos últimos dias esteve a cargo de delegados da Anatel, integrantes da Comissão Brasileira de Comunicação.
O Brasil apresentou proposta relacionada com a Agenda Global de Cibersegurança (GCA), que é fundamental para o trabalho da UIT em segurança cibernética.
Com a decisão adotada, os Estados membros passarão a ter informações mais abrangentes das capacidades que devem ser desenvolvidas e das medidas que precisam ser implementadas, e serão capazes de identificar facilmente ações da própria UIT e de outras organizações que podem auxiliá-los e fornecer recursos em diferentes áreas.
Todas essas informações em uma única plataforma coerente e permanentemente atualizada.
Ao longo dos últimos ciclos de trabalho na UIT, as delegações brasileiras, chefiadas pela Anatel, vêm realizando esforços e obtendo resultados em diversas frentes para a evolução da disciplina global de segurança cibernética e o fortalecimento geral das capacidades dos Estados, operadores e usuários.
Com a aprovação da proposta brasileira, o secretariado geral da UIT, em colaboração com os diretores de seus três setores (Radiocomunicações, Desenvolvimento e Padronização) deverá desenvolver recursos para os Estados Membros considerando: a) exemplos das melhores práticas existentes sobre a matéria; b) identificação de fontes de aconselhamento técnico, assistência e direcionamento na própria UIT, bem como em outras organizações relevantes para que os países fortaleçam sua segurança cibernética e sua resiliência cibernética; e c) informações sobre programas de fortalecimento de capacidades que a UIT e outras organizações relevantes estejam oferecendo.
A proposta brasileira segue a linha de implementação do posicionamento do país aprovado pelo Conselho Diretor da Anatel durante a preparação para a Conferência de Plenipotenciários de 2022 (PP-22).
Nas palavras do presidente da Anatel, que atualmente também exerce a presidência do Grupo de Coordenação das Comissões Brasileiras de Comunicação (GC-CBC), “a decisão da Plenária do Conselho da UIT, ao acatar a proposta brasileira, significa mais um reconhecimento da qualidade do trabalho do país tanto em sua capacidade técnica, quanto em sua vocação de criar consensos globais sólidos em temas sensíveis, mas necessários para o desenvolvimento do ecossistema digital”.