Petrópolis: a nova capital brasileira de IA

Na cidade carioca fica o Santos Dumont, supercomputador presente no ranking das 100 máquinas mais poderosas do mundo.
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, visitou a sede do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), em Petrópolis, no Rio de Janeiro, onde está localizado o supercomputador Santos Dumont, equipamento que pode transformar o município no principal polo de inteligência artificial do Brasil.
Recentemente, o Santos Dumont passou por uma atualização significativa, ampliando sua capacidade de processamento para 20 petaflops, o que o posiciona entre os 100 supercomputadores mais poderosos do mundo e o mais rápido da América Latina dedicado à pesquisa científica.
Com isso, o Santos Dumont será capaz de realizar 20 milhões de bilhões de operações matemáticas por segundo, oferecendo um poder de processamento sem precedentes.
“Isso é fruto de decisão política, de vontade política, de quem compreende a importância que tem a ciência e tecnologia e o domínio tecnológico dentro do mundo em transição e o Brasil com a dimensão continental que tem, com as vocações naturais que nós temos, não podemos ficar para trás. Precisamos participar ativamente dessa corrida tecnológica”, enfatizou a ministra Luciana Santos, durante visita ao LNCC.
A ampliação foi viabilizada por meio de um projeto de cooperação com a Petrobras, que financiou o projeto com um investimento de R$ 100 milhões.
O upgrade é a primeira etapa do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) que visa transformar o país em referência mundial em inovação e eficiência no uso da inteligência artificial, especialmente no setor público.
“Esse investimento é fundamental, porque sem computação você não faz inteligência artificial. Esse, então, foi o primeiro passo do PBIA, que foi patrocinado pela Petrobras. O nosso objetivo é fazer o Santos Dumont chegar em quinto no mundo”, pontuou o diretor do LNCC Fábio de Oliveira Borges.
Plano Brasileiro tem como objetivo fornecer ao país infraestrutura tecnológica avançada e desenvolver modelos de linguagem em português que reflitam as características culturais, sociais e linguísticas do Brasil, com investimentos de até R$ 23 bilhões em quatro anos.