MCTI vai investir R$ 200 milhões na transformação digital das micro e pequenas empresas

Anúncio foi feito pela ministra Luciana Santos durante o lançamento da nova fase do programa Brasil Mais Produtivo.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) vai investir R$ 200 milhões na nova fase do programa Brasil Mais Produtivo, para promover a transformação digital das micro e pequenas empresas.

No total, serão disponibilizados R$ 2 bilhões para atender 200 mil empresas até 2027.

“O MCTI está totalmente integrado à política de reindustrialização em novas bases tecnológicas e sustentáveis”, afirmou a ministra Luciana Santos, durante a cerimônia de lançamento do Brasil Mais Produtivo.

Segundo ela, a participação do ministério no programa busca garantir que micro, pequenas e médias empresas aumentem a produtividade e competitividade com o uso da inteligência artificial, internet das coisas e indústria 4.0.

Por meio Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o MCTI vai investir R$ 200 milhões no Brasil Mais Produtivo.

São 80 milhões em recursos não reembolsáveis e 120 milhões em crédito com financiamento pela TR.

A ministra destacou que a taxa de juros para projetos de inovação cobrada pela Finep, de 4,4% ao ano, é um estímulo para fomentar a industrialização.

A nova fase do Brasil Mais Produtivo inclui como novos parceiros estratégicos a Finep e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), vinculadas ao MCTI, além do BNDES. O programa conta também com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Sebrae e SENAI – esses dois últimos como executores e com aporte de recursos próprios.

Para a ministra Luciana Santos, é um grande diferencial a sinergia promovida pelo governo federal com ações integradas entre ministérios e instituições na nova política industrial: “Há uma convergência de escolhas, com programas claros que estão fazendo a diferença nessa retomada da reconstrução nacional”.

Modalidades do programa

O novo Brasil Mais Produtivo oferecerá um ciclo completo de acesso ao conhecimento. As empresas atendidas vão entrar em uma “jornada de transformação digital” que passa por aperfeiçoamento da força de trabalho, requalificação, melhores práticas de gestão, digitalização, otimização de processos produtivos e aumento de eficiência energética, com crédito a juros baixos ou recursos não-reembolsáveis para adoção de tecnologias ligadas à indústria 4.0 e às “smart factories”, ou fábricas inteligentes.

O programa terá quatro modalidades de atendimento até 2027:

Plataforma de produtividade

– Até 200 mil micro, pequenas e médias empresas terão acesso a cursos, materiais e ferramentas sobre produtividade e transformação digital.

Diagnóstico e melhoria de gestão

– Até 50 mil micro e pequenas empresas receberão orientação e acompanhamento contínuo de Agentes Locais de Inovação e outros instrumentos do Sebrae para aumento da produtividade, além de projetos setoriais do Sebrae que também serão oferecidos.

Otimização de processos industriais – consultoria mais educação profissional

– Até 30 mil micro e pequenas empresas serão atendidas por consultoria em Lean Manufacturing ou Eficiência Energética e aperfeiçoamento profissional do SENAI.

– Até 3 mil médias indústrias serão atendidas por consultoria em Lean Manufacturing ou Eficiência Energética e aperfeiçoamento profissional do SENAI.

Transformação Digital

– 360 empresas apoiadas com desenvolvimento de tecnologias 4.0.

– 8,4 mil MPMEs serão beneficiadas com soluções desenvolvidas por empresas provedoras de tecnologias 4.0, via chamadas Smart Factory, além da possibilidade de contratação de pós-graduação em Smart Factory do SENAI com desconto.

– Até 1,2 mil médias empresas serão contempladas com um plano completo de transformação digital, da elaboração do projeto de investimento ao acompanhamento.