MCTI fortalece cooperação científica bilateral com Argentina
Agenda foi pautada pela retomada da aliança estratégica com o país vizinho e assinatura de acordos para cooperação em Ciências Oceânicas e implementação de Programa Binacional.
O retorno do Brasil à Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) e a retomada da cooperação científica com a Argentina marcaram a visita oficial do presidente Lula e da delegação ministerial ao país vizinho.
Na ocasião, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) firmou acordos bilaterais que fortalecem e ampliam a parceria estratégica com a Argentina.
“O Brasil já teve uma balança comercial bastante robusta, que já foi o dobro do que é hoje. Isso precisa ser restabelecido. É o conceito do ganha-ganha: ganha o Brasil, que gera emprego e renda e fortalece as empresas, e ganha a Argentina”, afirmou a ministra do MCTI, Luciana Santos.
Ela enfatizou ainda o retorno do Brasil à CELAC, que realizou a VII Cúpula em Buenos Aires na última terça-feira (24 de janeiro): “O Brasil precisa contribuir para a integração regional. É o compasso da geopolítica mundial. Não há como ter forças se não se sustentar uma base econômica, social e de prosperidade na região.”
Já o chanceler argentino Santiago Cafiero afirmou, durante a abertura da VII Cúpula da CELAC, “apenas com mais ciência, tecnologia e a inovação, a região poderá se desenvolver de forma inclusiva e equilibrada”.
No que diz respeito aos acordos bilaterais, foram assinados dois, que fortalecem a aliança estratégica: o Memorando de Entendimento sobre Cooperação em Ciências Oceânicas e o Programa Binacional em Ciência, Tecnologia e Inovação.
O Programa Binacional organiza a cooperação em diferentes frentes e reconhece a necessidade de um plano de ação para o próximo biênio (2023-2024) abrangendo oito áreas prioritárias: Pesquisa Nuclear, Ciências do Mar e Antártica, Transição Energética e Ambiente, Tecnologia da Informação e Comunicação, Pesquisas em Saúde e Nanotecnologia.