Uma comitiva do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) realizou uma missão para discutir com a União Europeia uma nova rota tecnológica para o Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec) baseada no carbeto de silício. A missão ocorreu no âmbito dos Diálogos Brasil-União Europeia.
“A rota de carbeto de silício para a retomada do Ceitec é viável, recomendável e pode ser um transformador na operação da fábrica. Além disso, o nível de investimento e risco envolvido é menor”, afirma o diretor de Incentivos às Tecnologias Digitais, Hamilton Mendes da Silva.
O carbeto de silício – metal composto de silício e carbono – é utilizado em setores como o de veículos elétricos e energia solar.
A Ceitec, vinculada ao MCTI, está em processo de retomada operacional. A estatal é a única na América Latina que atua em projetos e fabricação de circuitos integrados, chips, módulos e tags de identificação por radiofrequência, para aplicação em diversos segmentos.
O diretor de Incentivos às Tecnologias Digitais do MCTI reforça que a sugestão de uma nova rota tecnológica é baseada no que foi visto em grandes centros de tecnologia mundiais, além de indicadores e conversas com especialistas.
“O Brasil é uma das dez maiores economias do mundo. Não pode abrir mão de estar presente em um setor que vai ditar os rumos da economia no século 21”, ressalta Hamilton Mendes da Silva.
Como resultados de curto prazo, a missão à União Europeia deverá estabelecer cooperações para a capacitação de pesquisadores e profissionais do Brasil em diferentes áreas da microeletrônica: carbeto de silício, design de chips, tecnologia de encapsulamento avançado de chips e fotônica integrada.
A formação em países da União Europeia será voltada para profissionais que atuam em projetos em andamento no Brasil, a exemplo do Programa Residência em Microeletrônica – CI Inovador, implantado pelo MCTI.
Em médio prazo, os países também deverão estabelecer uma agenda de projetos conjuntos em pesquisa e desenvolvimento (P&D). O objetivo é ajudar a estruturar Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs) e indústrias do Brasil em áreas de microeletrônica. “Vamos trabalhar para que sejam centros de ponta no Brasil”, destaca o diretor do MCTI.
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