A ministra Luciana Santos, da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) listou avanços do Brasil na área tecnológica no programa “Bom dia, Ministra”.
Entre os destaques, ela ressaltou o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), que teve sua proposta apresentada na 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.
O Plano tem o objetivo de tornar o Brasil um modelo global de eficiência e inovação no uso de inteligência artificial (IA), inclusive no setor público.
“Existe uma verdadeira corrida tecnológica para garantir o domínio dessa tecnologia. A inteligência artificial é um sistema na área de tecnologia da informação que reúne dados e que precisa ter infraestrutura de computadores para poder ter a capacidade de armazenar, sistematizar e ao mesmo tempo apresentar soluções para muitos desafios, desafios do cotidiano das pessoas”, pontuou a ministra.
O PBIA tem o objetivo de ampliar, de acordo com Santos, a inclusão e a melhoria na vida do povo brasileiro, com capacitação e geração de empregos.
“O Plano existe para dar respostas a isso, para poder focar onde terá maior impacto no emprego, para capacitar e, ao mesmo tempo, apontar novas oportunidades de emprego, porque vira uma cadeia produtiva também”, disse.
“Ele pode melhorar a vida do povo brasileiro, num processo de inclusão e de soluções na saúde e na educação e, por isso mesmo, ele precisa ser brasileiro. O nosso plano procura, antes de tudo, ser um programa que faça o bem para todos, porque, como todas as novas tecnologias, elas podem ter riscos e podem ter oportunidades”, evidenciou a ministra, realçando que a iniciativa deve ser adaptada à realidade brasileira.
Com investimento previsto de R$ 23 bilhões entre os anos de 2024 e 2028, o Plano tem como meta o desenvolvimento de modelos avançados de linguagem em português, com dados nacionais que abarcam nossas características culturais, sociais e linguísticas, para fortalecer a soberania em IA e promover a liderança global do Brasil.
A titular do MCTI também ressaltou os cinco eixos da proposta do Plano. Inicialmente, será fundamental “garantir uma infraestrutura, porque o IA precisa não só de um supercomputador, mas precisa de uma rede de data centers que possa deter as informações”.
Outro eixo estruturante é o impacto da IA nos serviços públicos, “que é um dos grandes focos aqui, principalmente do plano imediato (de entrega daqui a um ano)”, destacou a ministra.
Além da evolução na infraestrutura e da melhoria dos serviços públicos, são eixos do PBIA a “difusão, formação e capacitação”, a “IA para inovação empresarial” e o “apoio ao processo regulatório e de governança da IA”.
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