INSA aposta em biotecnologia para proteger flora do Semiárido

Unidade de pesquisa do MCTI tem usado a técnica de biotecnologia e cultivo in vitro, permitindo que plantas cresçam dentro de frascos fechados e assépticos.
Proteger e preservar plantas nativas e endêmicas do Semiárido, inclusive as que estão ameaçadas de extinção.
Esses têm sido os focos de um trabalho desenvolvido pelo Instituto Nacional do Semiárido (INSA), unidade de pesquisa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
O Laboratório de Cultivo In Vitro (LACIP) INSA tem criado protocolos eficientes através da propagação de plantas, utilizando técnicas biotecnológicas que visam à cultura de células e tecidos vegetais ou plantas inteiras em ambiente e condições controladas.
“Essa abordagem contribui para a viabilidade técnica e econômica da produção, ao reduzir a dependência de agentes químicos e priorizar insumos acessíveis, especialmente quando os bioinsumos são produzidos localmente, em modelo on-farm”, enfatizou a bióloga responsável pelo estudo, Luane Portela.
Segundo a bióloga, o objetivo do INSA é desenvolver tecnologias que estimulem e facilitem a criação de biofábricas de plantas nativas do Semiárido, utilizando o cultivo in vitro para produzir mudas com alta qualidade sanitária e em larga escala.
“A boa notícia é que já estamos avançando nesse processo, principalmente ao propor um meio de cultura de fácil produção e baixo custo, demonstrando que bioinsumos também podem ser aplicados na micropropagação”, pontuou Luane Portela.
Os próximos passos envolvem revisar os protocolos de assepsia e esterilização, além de adaptar as condições ambientais, buscando reduzir a dependência de equipamentos e infraestruturas complexas.