Estudada segurança física e cibernética dos cabos submarinos
Resultados servirão de subsídios para o Conselho Diretor da Anatel no exame da proposta do Plano Estrutural de Redes de Telecomunicações e do regulamento de segurança cibernética
O conselheiro diretor Alexandre Freire solicitou a realização de estudos abrangentes sobre a segurança física e cibernética dos cabos submarinos, por meio de ofício enviado a algumas superintendências da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Os cabos submarinos são a espinha dorsal do tráfego de dados intercontinental no país, com ligações subaquáticas que transportam 99% do tráfego de telecomunicações mundial.
O ofício destaca que o desenvolvimento desses estudos é necessário “devido às diversas implicações de segurança associadas à infraestrutura crítica dos cabos submarinos, incluindo a integridade dessas linhas e respectivos dados que transitam por elas”.
Além da possibilidade de danos causados por eventos naturais, “a ameaça de danos intencionais e maliciosos torna-se ainda mais relevante devido ao crescente volume de dados e dependência do armazenamento em nuvem”.
De acordo com o conselheiro, diante da complexidade e da rápida evolução do cenário tecnológico, torna-se essencial “a implementação desses estudos para garantir a segurança e confiabilidade das redes de telecomunicações no Brasil”.
Além disso, salienta-se que tais ações estão alinhadas com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável nº 9 da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), que trata da indústria, inovação e infraestrutura e busca construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação.
Alexandre Freire informou ao final que o Centro de Altos Estudos em Comunicações Digitais e Inovação Tecnológica (CEADI) e o Comitê de Infraestrutura em Telecomunicações (C-INT) para auxiliarem na realização dos estudos, caso seja necessário.