Desafios e oportunidades na prevenção a fraudes no setor financeiro em debate

Especialistas compartilharam sobre como desenvolver estratégias eficazes de combate à fraude e os desafios como a adaptação a novos métodos de ataque.
A Topaz reuniu especialistas do setor para debater os “Desafios e Oportunidades no Desenho da Estratégia de Prevenção a Fraudes”.
O evento teve a moderação de Flavio Gaspar, CPO da Topaz, e contou com nomes do mercado como: Leandro Ludwig, gerente de cibersegurança do Bradesco; Idamar Ferreira, superintendente de segurança da Caixa Econômica; e Lucas Veiga, executive director de prevenção a fraudes do BTG Pactual.
A discussão abordou a evolução da fraude financeira, impulsionada pelo avanço tecnológico e a crescente sofisticação dos criminosos. Os especialistas compartilharam insights sobre como equilibrar a segurança e a experiência do cliente, integrar camadas de proteção e promover a colaboração entre instituições financeiras.
“A troca de conhecimento entre diferentes players do mercado é fundamental para fortalecer as estratégias de prevenção. Somente com colaboração e inovação conseguiremos estar sempre um passo à frente dos criminosos”, declarou Flávio Gaspar.
Idamar Ferreira destacou o desafio do trade-off entre prevenção e experiência do usuário. “Prevenção a fraude é um trade-off entre atrito na jornada e apetite a perdas. Nosso desafio é minimizar fricção sem comprometer a segurança”.
Leandro Ludwig reforçou a importância de conhecer o perfil do cliente para uma prevenção mais eficaz. “Se o cliente é mais digital, conseguimos mensurar melhor os riscos. Já um cliente com menos letramento digital precisa de uma jornada mais segura para evitar golpes”.
Já Lucas Veiga enfatizou a relevância da experiência do cliente no combate às fraudes. “Hoje, um dos principais indicadores que acompanhamos é o impacto na experiência do cliente. Precisamos garantir segurança sem gerar barreiras desnecessárias”.
Outro ponto discutido foi a necessidade de maior colaboração entre instituições para combater fraudes de forma mais eficiente. “Precisamos criar uma ‘web do bem’ para compartilhar informações de forma ágil, evitando que os criminosos tenham vantagem”, ressaltou Ludwig.
A evolução da inteligência artificial também foi um tema da conversa. “O volume de dados hoje é gigantesco, e a IA é essencial para análises preditivas e identificação de padrões fraudulentos”, afirmou Ludwig. Lucas Veiga acrescentou:“Precisamos de processos bem estruturados antes de aplicar tecnologia, senão potencializamos problemas ao invés de soluções”.
O painel reforçou que o combate à fraude exige um equilíbrio entre tecnologia, processos eficientes e uma cultura organizacional focada na segurança e ressaltou a importância da inovação e da colaboração para fortalecer o setor financeiro contra ameaças crescentes.