A continuidade de negócios é um aspecto crítico para qualquer estratégia organizacional, uma vez que as operações do dia a dia precisam ser mantidas sem interrupção – ou o mínimo possível –, mesmo após acontecimentos previsíveis ou até imprevisíveis.
Em uma era onde o cenário corporativo está em constante evolução, uma grande ameaça assola o horizonte em 2024 – o risco e efeitos da super tempestade solar.
A compreensão e a preparação para tal evento é importante para a proteção da continuidade dos negócios.
Uma tempestade solar, também conhecida como tempestade geomagnética, ocorre quando o Sol ejeta massas enormes de partículas carregadas eletricamente, conhecidas como ejeção de massa coronal (CME, em inglês).
Esses eventos podem soltar intensos picos de radiação e partículas carregadas que, quando atingem a Terra, têm alto potencial destrutivo em diversos sistemas tecnológicos. O último evento desse porte foi registrado em 1859, que ficou conhecido como Evento Carrington. Na época, as comunicações eram realizadas por meio de telégrafos, que foram massivamente danificados durante o evento.
A natureza dos negócios depende da tecnologia, bem como as interconexões de todos os sistemas comerciais, como a internet, computadores e pontos de venda (PDVs), tornando potencialmente todos os negócios suscetíveis aos efeitos negativos de uma super tempestade solar.
Os setores mais vulneráveis incluem telecomunicações (telefonia, redes e internet), geração e distribuição de energia, serviços financeiros e tudo que possa envolver circuitos eletrônicos e tecnologia da informação.
A tempestade solar pode resultar em sérios efeitos colaterais para os negócios, com possíveis períodos sem poder operar normalmente, além de perdas financeiras e danos à reputação de corporações.
Para mitigar os riscos gerados por essa eminente tempestade solar, as organizações devem adotar uma abordagem proativa no planejamento da continuidade de negócios. Entre as estratégias para garantir a resiliência das operações corporativas, destacam-se:
E importante conduzir uma avaliação dos riscos para identificar vulnerabilidades na infraestrutura e sistemas críticos da companhia. Entender como tempestades solares podem afetar suas comunicações, abastecimento energético, data centers e outras áreas-chaves para sua companhia.
Desenvolver e atualizar regularmente planos para a resposta de emergência em caso de a tempestade solar afetar o dia a dia corporativo. Definir claramente as funções e responsabilidades, estabelecer protocolos de comunicação e garantir que os colaboradores estejam cientes e preparados para atuar em situação emergencial.
Implementar modelos de backup para os sistemas corporativos, com medidas de redundância que minimizem o impacto de interrupções potenciais. Isso inclui a utilização de fontes energéticas redundantes (geradores, UPS/No-Breaks), a implementação de sistemas de backup não eletrônicos (Fitas DAT, unidades de armazenamento isoladas do restante da rede) e de planos de contingência para a recuperação dos dados de sistemas afetados.
É fundamental informar os colaboradores sobre os riscos causados por uma potencial super tempestade solar, assim como os planos para mitigar os possíveis impactos causados na companhia.
A colaboração entre companhias do mesmo setor e o alinhamento com órgãos governamentais são iniciativas que podem facilitar na organização e no desenvolvimento das melhores práticas para manter as operações com o menor impacto possível.
Mantenha o máximo de ativos possíveis assegurados, de forma que garantam que eventos da natureza estejam cobertos, evitando, assim, potenciais prejuízos financeiros. É recomendável garantir um orçamento pronto para cobrir de imediato quaisquer perdas em sistemas críticos da companhia.
Com o cenário competitivo mundial enfrentando mudanças e novos desafios, é fundamental que toda companhia, independente do setor, possua um plano de continuidade de negócios sólido e bem planejado.
Com a ameaça de uma supertempestade solar, as organizações devem tomar medidas proativas para salvaguardar suas operações.
Com as dicas mencionadas anteriormente, as empresas podem aumentar suas respectivas resiliências e garantir a continuidade de suas operações e negócios, mesmo que o evento atinja magnitudes nunca antes vistas.
A chave para a sobrevivência dos negócios é que as operações se mantenham vigilantes, bem-informadas e preparadas para o máximo de cenários que possam estar além do nosso controle.
*Umberto Rosti, CEO da Safeway
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