Ciência e inovação são chaves para transição energética

Segundo a ministra não há saída para o desenvolvimento de energia limpa e para os esforços de descarbonização da economia sem ciência e inovação.

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, participou da abertura da 13ª edição do Fórum Nordeste, no Recife, que discute os desafios e as oportunidades da transição energética.

De acordo com ela, não há saída para o desenvolvimento de energia limpa e para os esforços de descarbonização da economia sem ciência e inovação.

“Esse Fórum tem tudo a ver com o trabalho do ministério, porque não haverá transição energética sem inovação, sem tecnologia, sem colocarmos toda a nossa capacidade instalada, do nosso Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, dos laboratórios que produzem alternativas nas áreas de combustíveis e da produção de energia no Brasil todo”, afirmou.

Após a abertura, Luciana Santos destacou o potencial do Nordeste como gerador e exportador de energias renováveis.

“Estamos vivendo a mudança climática, e não há caminho que não passe pela matriz energética renovável e limpa. O Nordeste tem todas as possibilidades de fazer valer essa agenda. Aliás, é uma condição histórica do Nordeste, desde os tempos de Delmiro Gouveia com as hidroelétricas, passando pelas potencialidades naturais da região, que tem ventos, tem o sol e as águas. Isso faz uma convergência grande na direção de estabelecer, cada vez mais, uma agenda de liderança, no Brasil, na transição energética”, disse.

A ministra apontou ainda algumas medidas adotadas pelo governo do presidente Lula, que, segundo ela, avançam não apenas na transição energética, mas demonstram compromisso com a indústria, a geração de emprego e renda.

Em sua fala na abertura do Fórum, o vice-presidente Geraldo Alckmin apresentou os eixos da Nova Indústria Brasil (NIB) – a política industrial lançada pelo governo federal em janeiro deste ano – e avanços já obtidos.

De acordo com ele, o programa Mover (Mobilidade Verde e Inovação) já habilitou 121 empresas, ou seja, essas empresas estão autorizadas a receber créditos financeiros como contrapartida de investimentos em inovação e descarbonização na indústria automotiva.