Cabos submarinos continuam sendo alternativa para baixa latência

Tecnologia já conta mais de 1,3 milhão de quilômetros mundialmente.

Com extensão para mais de cem voltas ao redor da terra e cerca de 400 componentes ativos ao redor do mundo, a tecnologia de cabos submarinos ainda deve permanecer “como alternativa mais rápida e eficiente a longo prazo”.

O tema, que vem ganhando espaço com a chegada do 5G ao Brasil e a busca por conexões com menor latência será abordado durante o Futurecom 2022, que retornará ao formato presencial no São Paulo Expo, na capital paulista.

A indústria de cabos submarinos vem se renovando e garantindo adesão de mercados pouco beneficiados até então – como o da América Latina e Austrália – por meio da instalação de novos cabos e a desativação de antigos.

Desta forma, e mesmo com mais de 170 anos, o mercado “se mantém moderno e atual”, e deve chegar, segundo pesquisas, a US$ 22 bilhões, em 2025, e até US$ 30 bilhões em 2027.

“O sistema EllaLink, por exemplo, que conecta Fortaleza (CE) a Sines, em Portugal, acaba de completar um ano e tem grande potencial comercial ao habilitar uma conexão de alta capacidade e alta qualidade entre a América Latina e a Europa, gerando possibilidades de maior colaboração entre os dois continentes, bem como abrindo possibilidades múltiplas para serviços inovadores”, destaca Hermano Pinto, Diretor do Portfólio de Tecnologia e Infraestrutura da Informa Markets, responsável pelo Futurecom.

Ainda no Brasil, a tecnologia tem grande potencial de crescimento e deve se beneficiar do movimento de redes neutras que já vem ganhando força na Europa e na América do Norte.

O País tem, segundo o Submarine Cable Map, 15 cabos e deve chegar a 16, em 2023, com a inauguração do Firmina, que vai conectar a Carolina do Sul, nos Estados Unidos, ao estado de São Paulo e aos países vizinhos Uruguai e Argentina.