Braskem investe em cadeia de suprimentos integrada e uso de dados

Petroquímica tem a tecnologia SAP como habilitadora e o ESG como uma estratégia central para realizar seu planejamento de longo prazo.

A Braskem tem como jornada reduzir suas emissões de carbono em 15% até 2030 e, entre as ações, está elevar a capacidade de produção de polietileno verde, produzido a partir de cana de açúcar, para 1 milhão de toneladas.

“Queremos melhorar a vida das pessoas pelo melhor uso da química e do plástico”, sustentou o diretor de Planejamento Integrado de Operações da Braskem, Marcelo Fornereto, ao participar do SAPPHIRE 2023, realizado em São Paulo.

Segundo o executivo, inovar na forma de fazer passa por usar tecnologias de produção, criando soluções sustentáveis por meio da química e do plástico – que estão presentes na saúde, no transporte, nas embalagens para alimentos, em produtos para a casa e de uso pessoal e em diversas áreas do dia a dia das pessoas.

“Para nosso polietileno I’m green bio-based, lidamos com uma complexidade de gestão na cadeia de suprimentos para ter a produção no tempo correto, já que temos o etanol vindo por ferrovia, rodovia ou via marítima”, detalhou Fornereto.

O uso dos dados é também uma prioridade nos planos da Braskem. A petroquímica utiliza o SAP IBP (Integrated Business Planning) para ser “espinha dorsal” e orquestrador dos processos para definição da demanda, otimização, plano de vendas e execução, suportando todo o planejamento de operações.

“Com o uso de aplicações como o DDF (Digital Demand Forecasting), conseguimos reduzir em quase 50% os erros em nossas previsões de venda e garantir que o produto certo estará disponível”, adicionou Fornereto.

A head de supply chain da SAP Brasil, Ellen Bremm, lembrou que, nos últimos três anos, os profissionais de supply chain foram “bombeiros”, tendo de lidar com diferentes tipos de problemas, tais como a pandemia, suprimentos escassos, etc.

Uma pesquisa apontou que 12% dos clientes se sentem preparados para uma nova disrupção, mas alerta que a maior parte da cadeia precisa repensar se suas áreas de suprimentos estão estruturadas: “Pensar nos riscos e nas vulnerabilidades para se tornarem ainda mais resilientes.”

Com a cadeia mais integrada é possível mitigar os riscos e evitar as perdas. “Tenho convicção que o futuro passa por essa integração. Precisamos entender problemas e não deixar o incêndio acontecer”, completou Fornereto.