Brasil lidera casos de ransomware nas Américas

O relatório Fast Facts de Fevereiro da Trend Micro aponta uma tendência de aumento das ameaças digitais e revela que o Brasil (29,9%) foi o país das Américas mais atacado por ransomware no ao passado e o segundo no cenário mundial.

Na verdade, o Brasil fica à frente dos Estados Unidos (24%), terceiro colocado no ranking liderado pela Índia (33,4%) em 2022.

Além de Índia, Brasil e Estados Unidos, o top 5 de ataques ransomware em 2022 teve a presença da Turquia (13,6%) e da França (10%), quarto e quinto colocados, respectivamente. No ano passado inteiro foram registrados 15,76 milhões de ataques ransomware.

Levando em conta os diferentes tipos de ameaças, a Trend Micro bloqueou, em fevereiro, um total de 13,8 bilhões de ataques cibernéticos, cerca de 700 milhões a mais do que no último mês de 2022. O número representa 9,4% do volume de ataques do ano passado, “que foi recorde ao atingir a marca de 146 bilhões e superar os registros de 2016, quando ocorreram 82 bilhões de ataques cibernéticos”.

As ameaças de ransomware têm aumentado nos últimos meses. Em janeiro de 2022, a Trend Micro detectou 955.486 ataques ransomware, cerca de 5.100 a mais do que em dezembro de 2022, quando ocorreram 950.364 registros do tipo. Em fevereiro, cresceram ainda mais, chegando a patamar de quase 1 milhão 465 mil ameaças ransomware

Em fevereiro, os ataques de ransomware ao setor bancário aumentaram significativamente, levando o segmento ao topo do ranking, seguido por varejo e governo.

Além disso, a indústria de tecnologia entrou para o top 5 de setores mais visados pelo cibercrime assim como o setor das telecomunicações.

Os grupos de ransomware estão tornando-se mais sofisticados, diz a Trend Micro, mudando de nome e diversificando suas táticas para atingir alvos cada vez maiores, com o objetivo de aumentar suas margens de lucro.

No futuro, esses grupos podem migrar para outras áreas para monetizar o acesso inicial, como de fraude de ações, comprometimento de e-mails corporativos (BEC), lavagem de dinheiro e roubo de criptomoedas.

As cinco principais famílias de ransomware em janeiro de 2023 foram WannaCry, Locky, BlackCat, Cerber e Gandcrab.

Em fevereiro, as mesmas famílias marcaram o cenário do cibercrime, com mudanças ligeiras na frequência. WannaCry e Locky seguiram nas duas primeiras posições, seguidas por BlackCat e Cerber, Já Gandcrab foi substituída por Blackbasta, que teve 247 casos notificados.