Brasil e Países Baixos fecham acordo de colaboração em CT&I
Programa de Cooperação prevê parceria no período 2024-2028 em áreas estratégicas como energia limpa, alta tecnologia e biodiversidade.
O Brasil e Países Baixos celebraram um Programa Conjunto de Cooperação em Ciência, Tecnologia e Inovação para o período 2024-2028.
O acordo foi assinado durante a 6ª Reunião da Comissão Mista Brasil-Países Baixos em CT&I, realizada na sede do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
O programa é uma extensão da cooperação já realizada entre os dois países e prevê, para os próximos quatro anos, parcerias nas seguintes áreas de interesse: biodiversidade e agrotecnologia; energia limpa e economia de base biológica; sistemas e materiais de alta tecnologia; setor aeroespacial; ciência aberta e impacto social.
O acordo vai facilitar o intercâmbio de experiências e conhecimentos entre os países por meio de reuniões conjuntas, eventos, visitas e oficinas.
“Ao longo desses anos, construímos uma parceria sólida e produtiva. É mais uma frente em que avançamos conjuntamente nessa área intensiva em inovação para um futuro mais limpo e sustentável”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTI, Guila Calheiros, na abertura da reunião.
Ele reforçou que o governo do presidente Lula prioriza a ciência, tecnologia e inovação como motor de desenvolvimento econômico e social do país.
O representante do Ministério de Assuntos Econômicos e Política Climática dos Países Baixos, Tjerk Opmeer, ressaltou que a parceria entre os dois países é importante para enfrentar de forma conjunta os desafios da sociedade, por meio da utilização e domínio da ciência, tecnologia e inovação.
Tjerk Opmeer também fez uma apresentação sobre a política de inovação dos Países Baixos, com os setores e temas prioritárias de investimentos em CT&I e as cooperações internacionais previstas, incluindo o Brasil.
Do lado brasileiro, o chefe da Assessoria Especial de Assuntos Internacionais do MCTI, Carlos Matsumoto, apresentou os principais investimentos do Brasil no setor.
Entre os destaques, apontou os 10 eixos estratégicos apoiados com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), projetos voltados para a pesquisa e sustentabilidade na Amazônia, além de cooperações internacionais como a adesão do Brasil ao CERN e à Rede Eureka.
A colaboração entre o Brasil e os Países Baixos em CT&I teve início há mais duas décadas. Em 2011, os países assinaram um Memorando de Entendimento que resultou em uma série de encontros e discussões sobre como economia de base biológica, prevenção e monitoramento de desastres naturais e da biodiversidade, entre outros.