Brasil deve investir em materiais avançados e nanotecnologia
O grafeno é considerado um dos maiores recursos da atualidade para a alta tecnologia.
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, defendeu a necessidade de investimentos na área de materiais avançados e nanotecnologia, considerada estratégica para o crescimento do país e para a exportação de produtos de maior valor agregado.
A afirmação foi feita durante a abertura da 2ª Feira Brasileira do Grafeno, realizada na Universidade de Caxias do Sul, que possui a maior planta de produção de grafeno em escala industrial da América Latina instalada por uma universidade.
“Iniciativas como essa são fundamentais para consolidar o ecossistema de inovação, capacitar recursos humanos e promover a interação entre academia e indústria”, disse a ministra.
Segundo ela, a Iniciativa Brasileira de Nanotecnologia, lançada em 2013, reúne um conjunto de ações para promover a inovação na indústria. Além disso, a Finep já aprovou R$ 771 milhões em projetos com grafeno.
“Isso porque temos a compreensão de que o Brasil não pode só exportar o grafeno, mas deve agregar valor”, comentou a ministra.
Já o reitor da Universidade de Caxias do Sul, Gelson Leonardo Rech, destacou a importância da instituição para o desenvolvimento da produção científica e da inovação: “Queremos colaborar com a ciência como setor produtivo, como processo civilizatório, como desenvolvimento sustentável, queremos ser a voz da ciência que salva, liberta, produz, empreende e inova.”
A ministra Luciana Santos também conheceu a UCSGRAPHENE, que abriga o maior ecossistema de inovação voltado à produção, caracterização e aplicação de grafeno em escala industrial na América Latina, resultado de anos de pesquisas em nanomateriais. Um dos materiais mais fortes e leves do mundo, e o mais fino que existe, o grafeno é considerado um dos maiores recursos da atualidade para a alta tecnologia.