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Black Friday exige atenção redobrada para não cair em golpes

As vendas no e-commerce batem recorde a cada nova edição da Black Friday, que este ano terá seu ponto alto em 25 de novembro.

A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) projeta que a data movimente, este ano, R$ 6,05 bilhões em vendas on-line, o que representa um aumento de 3,5% em relação a 2021.

Mais propensos a realizar compras digitais, após as experiências da pandemia, o consumidor deve ficar atento para não cair em golpes ou fraudes.

Robson Borges, especialista da Trend Micro, recomenda aos consumidores que pretendem aproveitar as promoções da Black Friday alguns pontos de atenção na hora de ir às compras.

1 – O barato pode sair caro

Os criminosos digitais sabem que as pessoas estão sedentas por preços baixos e que muitas delas são distraídas. Isso é um prato cheio para a prática de golpes virtuais, então a primeira dica é: “tenha uma referência de preço do produto que você deseja comprar, antes da Black Friday, e desconfie quando a diferença do anúncio for muito grande.

2 – Seja um peixe vivo!

O phishing é um dos golpes mais praticados pelos hackers e tem como objetivo “fisgar” o usuário para obter informações pessoais e confidenciais. Essa isca pode vir num e-mail, em mensagem de texto ou pelo WhatsApp. “Muitas vezes o bandido se passa por uma pessoa que integra a sua lista de contatos para fazer o envio do link com a suposta promoção. Quando a pessoa clica naquele link acaba fornecendo os dados de graça ou permitindo acesso ao celular ou computador. Por isso, quando alguém lhe encaminhar algo, vá diretamente na loja e cheque a oferta em vez de clicar”, recomenda Robson Borges.

3 – Fuja dos sites fakes

Os criminosos geralmente clonam layouts de sites de lojas para enganar os consumidores. Mas agora, em vez de falsificar marcas conhecidas, estão aproveitando o aumento das compras pela internet para construir suas próprias páginas e perfis fakes de e-commerce, facilitando a fraude. Os produtos costumam ser anunciados em redes sociais, com preços mais baixos do que de marcas conhecidas (mas não incrivelmente baixos), com descontos de 10 a 20% em produtos populares. “Antes de comprar motivado por um anúncio na rede social, faça uma pesquisa básica na internet pelo nome da loja. Verifique se há reclamações de usuários ou bandeiras vermelhas óbvias, como erros gramaticais ou alguma letra trocada na URL”, aconselha o especialista.

Na hora de pagar suas compras, Robson alerta que pagamentos por Pix, boleto e transferências bancárias devem ser evitados, pois são meios mais difíceis de reaver o dinheiro em caso de golpe.

O mais seguro para a ocasião são os cartões de crédito, de preferência na modalidade de cartão virtual que servem para compras pela Internet e podem ser rapidamente cancelados em caso de fraude.

Claudia Sargento

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