Apagão informático global marca o dia
O problema teve origem num erro de uma atualização de software da CrowdStrike, sediada em Austin para o sistema operacional Windows 10.
Esta sexta-feira ficou marcada por uma falha informática global no sistema da Microsoft que acabou por provocar um apagão à escala mundial.
Na opinião de vários especialistas, trata-se mesmo do maior apagão informático de sempre.
Também várias dezenas de instituições e serviços foram afetados, de bancos a serviços de saúde, supermercados e meios de comunicação social.
A origem do problema estará relacionado com uma atualização que a Microsoft terá feito ao software de segurança informática da CrowdStrike.
No X (antigo Twitter), George Kurtz, presidente e CEO da CrowdStrike veio, entretanto, confirmar a situação, afirmando que a empresa está a “trabalhar ativamente” para resolver o problema e explicando que não se trata de um ciberataque, mas sim de uma questão isolada, entretanto identificada.
Umberto Rosti, CEO da Safeway, empresa que integra a plataforma Stefanini Cyber, do Grupo Stefanini explica que a falha de hoje foi reconhecida pela CrowdStrike, que é uma solução de segurança de endpoint: “Houve uma falha na última versão da atualização deles para a plataforma Windows. Só afeta a plataforma Windows, não atinge outras plataformas. A falha faz com que o PC fique inoperante com a famosa tela azul. A solução de contorno já foi disponibilizada por eles. É preciso localmente, em cada estação, entrar no modo de segurança e aplicar a solução.”
Ainda segundo Umberto, a “CrowdStrike é a ferramenta mais utilizada no ambiente empresarial e uma das líderes mundiais. Esse tipo de incidente já aconteceu com outras ferramentas de mercado. Por isso, como procedimento recomendamos que toda atualização seja testada em um ambiente controlado antes de disponibilizar no ambiente de produção.”
Umberto Rosti disse ainda que “o importante é que as corporações tenham procedimentos de identificação e rescaldo de problemas, ou seja, medidas para conseguir recuperar e lidar com incidentes”.