A transformação digital tem mostrado ao mundo corporativo que avançou exponencialmente nos últimos anos, atingindo um estágio maduro e sólido, provando que veio para ficar, uma vez que vemos essa transformação cada vez mais presente na sua essencialidade em muitos setores da economia nacional: finanças, varejo, serviços, atendimento ao cliente, saúde, educação, indústria.
É uma infinidade de áreas que requer agilidade, praticidade e resultados efetivos.
O setor bancário, por exemplo, é um dos que mais direciona investimentos para atender às necessidades de seus clientes, com o objetivo de simplificar transações pelo meio digital. Isso ocorre tanto entre instituições financeiras tradicionais, quanto em fintechs.
As tendências tecnológicas até então apontadas por muitos especialistas em anos anteriores se confirmaram e, mais ainda, tornaram-se reais, aplicáveis e com resultados acima do esperado.
Seguramente, a inteligência artificial (IA) é uma das tecnologias que assumiu um protagonismo nos últimos tempos e revela contornos positivos em sua aplicabilidade em muitos aspectos e áreas em que já está consolidada, demonstrando sua imensa capacidade de uso para os próximos anos.
O Open Banking e o Open Finance também chegaram trazendo mais conveniência para a vida financeira do consumidor. Uma verdadeira revolução jamais vista no ecossistema financeiro, onde há espaço de crescimento para todos: bancos tradicionais, bancos nativos digitais, fintechs e empresas de outros segmentos que desejam oferecer serviços financeiros personalizados para seus clientes.
Ter uma visão estratégica se faz urgente e necessário para manter esse patamar atualizado. É o que aponta o Índice de Transformação Digital Brasil de 2023 (ITDBr), realizado pela PwC e Fundação Dom Cabral.
Nele, 67% dos entrevistados afirmam ter a transformação digital nas organizações. Esse resultado indica que o processo de digitalização já superou os níveis operacional e de curto prazo.
Um fator que redimensionou as transformações este ano foi o uso dinâmico de dados dos consumidores.
Em pauta já há algum tempo, em várias frentes, já não é mais uma tendência, mas um recurso valioso para ser implementado e utilizado para definir perfis e oferecer serviços personalizados e com retorno significativo para todos, afinal, o algoritmo nos negócios é uma grande estratégia para o futuro e auxilia na tomada de decisão das empresas, ou seja, seu uso é essencial para conduzir decisões de negócios aprimoradas ou, ainda, atuar na automação de processos para diferenciação competitiva.
Esse cenário atual foi a importância dispensada para o fortalecimento e a manutenção do relacionamento sólido entre as marcas, tornando essa relação cada vez mais personalizada. O conceito ‘Human Centric’ veio para ficar e tem sido praticado frequentemente, seja para auxiliar o cliente ou para direcionar as lideranças e os principais envolvidos, afinal o consumidor também é um protagonista, e atua como porta-vozes da marca.
A automação está cada vez mais presente em todos os ambientes que frequentamos e, sem dúvida, agilizam os processos, tornando-os mais eficientes e econômicos. É a tecnologia e seu poder transformador trazendo conveniência e o dinamismo proporcionados com a aplicação efetiva da análise de dados e, claro, transformando os negócios.
Temos que ter, constantemente, nosso olhar atento para entender o quanto a inovação em tecnologia é fundamental para o crescimento das organizações. E nesse contexto a preocupação aumenta à medida que o ecossistema de conectividade também se amplia.
Agora, com IA tendo um crescimento exponencial e presente em várias camadas dos negócios, há que se ater em ações para combater e enfrentar os muitos desafios e ameaças cibernéticas.
A conexão a partir do acesso via Internet das Coisas (IoT), por exemplo, pode ser uma porta de entrada para invasões de hackers.
É vital que as redes de conexão devam garantir que apenas dispositivos legítimos tenham acesso, mas as técnicas de autenticação podem ser alvo de ataques de engenharia social ou de outras ameaças que possam fragilizar os ambientes, no entanto, devem ser implementadas melhorias constantes.
*Marcelo Ciasca, CEO da Stefanini Brasil
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